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LUIZ ANTÔNIO SIMAS

( Brasil – Rio de Janeiro )

 

Luiz Antônio Simas (Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1967) é um escritor, professor e historiador, compositor brasileiro e babalaô no culto de Ifá.

Professor de História no ensino médio, é mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Simas já trabalhou como consultor de acervo da área de Música de Carnaval do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, e como jurado do Estandarte de Ouro, maior premiação do Carnaval carioca. Foi também colunista do jornal O Dia, e desenvolveu o projeto "Ágoras Cariocas", de aulas ao ar livre sobre a história do Rio de Janeiro. Em seus livros, procura resgatar a memória oral da cidade, especialmente da população marginalizada.

Fragmento de biografia:    https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Ant%C3%B4nio_Simas 

 


A Balada de Diego Maradona

 

O jogo veio sisudo das europas

De bolas altas, para altas copas

Mas aqui as plantas são rasteiras,

São outros os ziriguiduns e alaridos

E o passo de tango, e a ginga das capoeiras

Do deserto patagão às altas cordilheiras,

Transformou o jogo na vingança dos fodidos

 

A bola é uma dama cortês

Que baila com Diego Maradona

O tango da insônia do zagueiro inglês

Diante do artilheiro que, como galo de rinha,

Afronta o espaço, enlouquece a hora

Com as chuteiras entre nuvens e esporas

Ciscando o pesadelo da terra da rainha.

 

O diabo mora no meio do fogaréu

O anjo bate asas acima da fogueira

E se alimenta do calor da chama

Como se o inferno fosse a terra inteira

E o paraíso, entre o tango e a canção napolitana,

Fosse azul, não como o céu,

Mas como o chão da Bombonera

 

Tua alma, entre a álgebra e a lua rara,

É a América ébria de Gardel

Evita, Perón e Che Guevara

De milagres prenha e dos meninos rotos.

Teu futebol foi um túmulo de ateus:

Afinal como pode o pé de Exu canhoto
Viver no mesmo corpo da mão de Deus?

 

 

              

                MARCHINHAS

João de Barro fez o "China Pau"
Orlando cantou a "Jardineira"
A cidade brincou o carnaval
O Zezé exibiu a cabeleira

Haroldo Lobo e Antônio Nássara
Cruzaram o Saara com a gente
E o sol que queimou a nossa cara
Não o Bola, mas também é quente

Saudades da galinha carijó!
Diz o galo da marcha do Lalá
No meio da batalha de confete

Ignorado pela colombina
O pierrô é Keti


      VAGABUNDO

Vag é aquele que vai sem destino
Barco em mar alto sem porto certo
Bundo, o complemento é latino:
"propenso a", de perto aberto

E há quem abe que é xingamento
Que sacaneia aquele que flana
Mas andarilho foi Senhor São Bento
Que deu um nó na cobra caninana

Eu sempre preferi minha matilha
Pois não nasci pra chefe de família
E sou da pemba de Seu Viramundo

Só não me chame de homem de bem
Sou mais de saravá que de amém
E, com todo respeito, vagabundo



*

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Página publicada em janeiro de 2023


 

 

 
 
 
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